Senado aprova MP que destinou R$ 200 milhões para combate à gripe aviária

O Senado aprovou nesta terça-feira, 03/10, a Medida Provisória (MP) 1177/23, que abriu crédito extraordinário de R$ 200 milhões no Orçamento de 2023 para combater a gripe aviária. Aprovada pela Câmara no último dia 27, a medida vencia exatamente neste 3 de outubro, mas o crédito já havia sido liberado desde a edição da MP.

Até o dia 29 de setembro, o Brasil registrou, segundo o Ministério da Agricultura, 112 casos de gripe aviária. Desses, 109 ocorreram em aves silvestres e 3 em aves de subsistência ou criadas em fundo de quintal. O mais recente caso identificado em aves de subsistência em Bonito, Mato Grosso do Sul. Após essa ocorrência, o Japão interrompeu temporariamente as importações de carne de frango proveniente dessa região. “Isso é praxe, é um prazo para que se envie mais informações; feito isso devem ser retomadas as exportações”, avaliou a senadora Tereza Cristina (PP-MS).

Mensalmente, o estado de Mato Grosso do Sul exporta cerca de 2,5 mil toneladas de carne de frango para o Japão. O número representa aproximadamente 0,7% das exportações mensais totais do Brasil. O Japão é o segundo maior mercado para a carne de frango produzida em Mato Grosso do Sul. As importações totalizam 19,4 mil toneladas até agosto deste ano. Isso corresponde a cerca de 18% do volume exportado pelo estado.

Até o momento, não há nenhum foco confirmado da doença em produção comercial. Com isso, o Brasil segue com status livre de influenza aviária de alta patogenicidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

A MP foi editada no início de junho, quando foi confirmado foco da gripe aviária em Ubatuba (SP), na ave silvestre Trinta-Réis-Real. Outros casos já haviam sido confirmados no Rio de Janeiro, no Espírito Santo e no Rio Grande do Sul.

Medidas adotadas

Assim, atendendo às recomendações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), até agora, 15 estados brasileiros declararam emergência zoossanitária para adotar medidas de enfrentamento à gripe aviária. Esses estados incluem Santa Catarina, Espírito Santo, Bahia, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Sergipe, Piauí, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Pará e Mato Grosso.

O Mapa continua alertando a população para não recolher aves doentes ou mortas e para acionar o serviço veterinário mais próximo, a fim de evitar a propagação da doença.

Segundo o governo, as ações de prevenção e combate à influenza aviária de alta patogenicidade (iaap) são necessárias porque foram detectadas aves silvestres infectadas no país. O crédito orçamentário foi aberto para o Ministério da Agricultura e Pecuária, no âmbito do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).

Entre as ações previstas estão deslocamento de equipes do serviço veterinário oficial e da vigilância agropecuária internacional, além de outras equipes necessárias, como bombeiros, defesa civil e Exército; contratação de mão de obra; aquisição de equipamentos de proteção individual, materiais para coleta de amostras, desinfetantes, lonas e bombas pulverizadoras; pagamento de indenizações; aquisição de caminhões e máquinas escavadeiras; compra de material para laboratório; e investimento em infraestrutura para biossegurança.

Outra finalidade do crédito extra é a construção de rodolúvios e arcolúvios, equipamentos que pulverizam sanitizante diluído em água para higienização externa de veículos, a fim de conter o vírus; máquinas e material para a redução da população de aves. A medida, segundo o governo, foi elaborada em conjunto com os ministérios da Saúde e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e a defesa civil, além de órgãos estaduais.

Com informações da Agência Câmara e Agência Senado

Debate dos governadores sobre reforma tributária foi “aula de democracia”, diz senadora

Integrante do Grupo de Trabalho da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) que trata da reforma tributária, a senadora Tereza Cristina (MS), líder do PP, acompanhou os debates sobre tema que levaram os governadores a Brasília nesta terça-feira, 28/08. Na avaliação da senadora, três questões dominaram os discursos que os governadores apresentaram no plenário do Senado.

São elas:

  1. as competências do Conselho Federativo, que deve funcionar apenas para operar o IBS, o novo Imposto sobre Bens e Serviços, sem invadir prerrogativas de autoridades estaduais e municipais;
  2. O polêmico artigo 19, que, a título de compensar a extinção de fundos estaduais, permitiria até 2043 a criação de novo tributo, cobrado na origem, com potencial impacto negativo nas exportações;
  3. As regras de transição da reforma durarem 50 anos – um período excessivamente longo, que pode reabrir discussões e colocar em risco os avanços.

“O melhor caminho para a busca de soluções é o diálogo e o respeito ao pacto federativo”, defendeu Tereza Cristina. “E foi exatamente o que fizemos hoje no plenário do Senado ao abrirmos a tribuna, desde a manhã até meados da tarde, para os governadores”, afirmou. “Foi uma aula de democracia!”, definiu a senadora, que disse ter certeza de que o Senado, que é a Casa dos Estados, votará este semestre uma reforma tributária (PEC 45/2019) que represente o consenso.

A sessão de debates atendeu a requerimento do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), sendo uma das etapas do aprofundamento da matéria, já aprovada pela Câmara dos Deputados e cuja análise e votação cabem agora ao Senado. Dentre outras mudanças, a PEC propõe a extinção de cinco impostos, entre eles o ICMS (estadual) e o ISS (municipal), e a criação de um tributo único, o já mencionado IBS. Governadores e prefeitos temem perder autonomia sobre a própria receita com esse novo desenho do sistema tributário. 

O governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), expôs o que chamou de “angústias” dos Estados que contam com fundos de desenvolvimento e perderiam, com a reforma, essas receitas. “Há 20 anos, nós criamos o Fundersul, que é um fundo de desenvolvimento (…) e esse fundo, diante do que está posto, fica comprometido, deixando dos Estados numa situação extremamente delicada”, explicou Riedel.

O governador de Mato Grosso do Sul defendeu o retorno ao texto original da Câmara, que incorporava o valor arrecadado pelos fundos de desenvolvimento no bolo tributário a ser dividido. “O que nós não podemos é, da noite para o dia, ou daqui a 4 ou 5 anos, não contar mais com o nosso Fundo de Desenvolvimento”, frisou Riedel, dizendo que isso colocaria seu Estado na condição de “perdedor”.

Tereza Cristina defendeu que o Senado discuta com profundidade esses temas, com o cuidado de não impor prejuízos sociais e econômicos aos Estados, mas também sem permitir criação de mais impostos ou aumento de carga tributária. “Nosso sistema tributário é muito complexo e prejudica a competitividade da economia brasileira. Há uma diversidade enorme de regras e entendimentos que transformam nosso sistema atual num verdadeiro “manicômio tributário”, destacou.

Tereza parabenizou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) pela realização da sessão de debates sobre a reforma tributária. Parabenizou também seus colegas do Progressistas na Câmara dos Deputados, especialmente o presidente Arthur Lira (AL) e o relator Aguinaldo Ribeiro (PB) pelos avanços obtidos nas discussões do Grupo de Trabalho e na aprovação da PEC 45/2019.

Ao abrir a sessão, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destacou que a Casa tem trabalhado para alcançar um sistema tributário mais unificado, mais transparente e mais claro. Pacheco considerou a sessão um momento histórico e ressaltou que, mesmo havendo previsão de votação da PEC para o início de outubro, a prioridade é fazer uma discussão ampla e profunda da matéria. Segundo ele, “nada será feito de modo açodado”.

Com informações da Agência Senado

Tereza Cristina aprova emenda que permite ao Centro-Oeste usar incentivos fiscais até 2028

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (29) o projeto de lei (PL) 4.416/2021, que estende até 2028 o prazo para a aprovação de projetos autorizados a receber benefícios fiscais nas áreas de atuação das Superintendências de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), da Amazônia (Sudam) e do Centro-Oeste (Sudeco). O texto segue para sanção, caso não haja recurso para votação em Plenário.

A matéria da Câmara dos Deputados recebeu relatório favorável do senador Otto Alencar (PSD-BA). O texto original mencionava apenas as áreas da Sudam e da Sudene, mas a Sudeco foi incorporada por emenda apresentada pelos senadores Tereza Cristina (PP-MS), Mauro Carvalho Junior (União-MT) e Vanderlan Cardoso (PSD-GO), presidente da CAE.

— Faz-se justiça. São três regiões que têm fundos constitucionais justamente para que possamos dar competitividades industrial aos nossos estados — disse Tereza Cristina.

Para Otto Alencar, “não há como negar que os incentivos fiscais contribuíram para a redução das desigualdades regionais no Brasil ao longo das últimas décadas”. Ele observa, entretanto, que a reforma tributária vai retirar dos estados a autonomia para reduzir tributos, o que justifica a manutenção dos incentivos fiscais.

O projeto altera a medida provisória (MP) 2.199-14/2001, que fixa a data-limite em 31 de dezembro de 2023. O PL 4.416/2021 estende até 31 de dezembro de 2028 o prazo para que pessoas jurídicas atuantes nas áreas da Sudam, da Sudene ou da Sudeco.

Podem obter benefícios as empresas que apresentarem projetos de instalação, ampliação, modernização ou diversificação de seus empreendimentos, enquadrado em setores da economia considerados prioritários para o desenvolvimento regional. Os incentivos são:

  • redução de 75% do imposto de renda e adicionais calculados com base no lucro da exploração; e
  • possibilidade de reinvestir 30% do imposto de renda devido, acrescido de 50% de recursos próprios.

A área de atuação da Sudam engloba toda a Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão). A Sudene abarca toda a Região Nordeste, além de 249 municípios de Minas Gerais e 31 do Espírito Santo. A Sudeco engloba Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.

Fonte: Agência Senado

Tereza Cristina visita obras estruturantes em Campo Grande

Ao participar do calendário das comemorações dos 124 anos de Campo Grande, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) visitou as obras de infraestrutura na UBS Dr. Vespasiano B. Martins, na Vila Popular. A parlamentar também visitou as obras de requalificação da Avenida Duque de Caxias (entre o aeroporto e o Núcleo Industrial), onde aconteceu o lançamento da implantação de vias estruturantes no fundo de vale do Córrego Imbirussu (Nova Campo Grande, etapas 1 e 2, Av. Rádio Maria, 410).

Ao lado do governador Eduardo Riedel (PSDB) e da prefeita Adriane Lopes (PP), a senadora Tereza Cristina destacou que as obras vão alcançar melhorias há muito esperadas pela população sul-mato-grossense. “Nesta visita técnica, pudemos ver de perto que essa UPA. Com certeza, a população terá orgulho e vontade de vir aqui e os funcionários também terão melhor ânimo e mais dignidade”, disse.

Para a prefeita Adriane Lopes, o intuito é seguir avançando em obras estruturantes. “É muito bom começar a semana assim, vistoriando obras e lançando outras pela cidade. Todas têm a parceria com a bancada federal do Mato Grosso do Sul, Governo do Estado e prefeitura de Campo Grande”, reforçou.

O governador lembra que os investimentos fazem parte de um pacote que totaliza R$ 118,2 milhões em oito obras de infraestrutura urbana em Campo Grande. “Queremos avançar nas prioridades do Estado e o objetivo é chegar à pavimentação de todos os bairros e não ter mais ruas sem pavimentação nos 79 municípios”, disse.

Obras na entrada do Pantanal

Tereza Cristina também realizou visita à obra de requalificação da Avenida Duque de Caxias e do lançamento das obras do Córrego Imbirussu. A senadora frisou que a região é a entrada do Pantanal, vai beneficiar moradores e turistas. “Quando estiver pronto, os moradores e os turistas vão poder dizer ‘olha que cidade bem cuidada’”, destacou. “Parabéns, prefeita, por recuperar e trazer dignidade a todos que utilizam a região”, disse.

A prefeita Adriane Lopes também lembrou que as obras vão continuar em toda a região. “Estamos numa área que é a entrada do Pantanal e queremos revitalizar essa região, um dos acessos mais importantes da Capital trazendo melhorias a todos”, frisou.

O governador Eduardo Riedel a região é importante por para a região. “Vamos ser parceiros no que for prioridade, como é a entrada de Campo Grande, ligando a capital a regiões importantes para o Pantanal e a Rota Bioceânica”, reforçou.

Progressistas nas prefeituras

Questionada sobre o crescimento do Progressistas no Estado durante entrevista coletiva concedida após a visita às obras estruturantes, a senadora Tereza Cristina, que também é presidente do partido no Estado, reforçou que o a sigla pretende crescer.

“O PP pretende ter prefeitos em todos os municípios onde tiver chance e tiver nomes bons para lançar candidatos e aqueles que já são do PP terão apoio integral para que sejam candidatos, que é o caso de Dourados, de Campo Grande, de Aparecida do Taboado, enfim, das 20 prefeituras que hoje o PP tem no Mato Grosso do Sul”, enfatizou Tereza Cristina.

Senado vai ouvir autoridades do MS em audiência sobre rodovia Binacional Brasil-Bolívia

A implantação da rodovia Binacional Brasil-Bolívia será tema de audiência pública conjunta entre as Comissões de Infraestrutura e de Relações Exteriores do Senado. O debate foi proposto pelo senador Wellington Fagundes (PL/MT) e ainda não tem data prevista para acontecer. Os senadores aprovaram o pedido da senadora Tereza Cristina (PP-MS) para incluir especialistas sul-mato-grossenses no debate.

Serão convidados a participar da audiência pública o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico no Estado do Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck; o empresário no ramo dos transportes do Mato Grosso do Sul, Cláudio Cavol; além de um representante da Federação das Indústrias do Estado do Mato Grosso do Sul (Fiems).

O objetivo é avançar na formulação de propostas que vão colaborar com ações conjuntas entre Brasil e Bolívia para consolidação de uma rota importante para o escoamento de produção do Centro-Oeste. “Proposta originalmente pelo meu colega senador Wellington Fagundes, a audiência pública vai unir cidadãos dos dois Estados, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, para discutir a necessidade de asfaltar e integrar a nossa fronteira com a Bolívia”, explicou Tereza Cristina.

A rodovia vai facilitar a chegada de mercadorias aos portos do norte do Chile e sul do Peru, viabilizando com menor custo uma saída para exportar, via Pacífico, para os mercados asiáticos. A audiência pública vai discutir questões como o controle aduaneiro, controle fitossanitário e de entrada de pessoas entre ambos países.

Tereza Cristina se despede da Câmara dos Deputados

A deputada federal Tereza Cristina (PP/MS), eleita como senadora nas eleições deste ano, aproveitou a última semana de trabalhos legislativos de 2022 para agradecer aos colegas deputados e fazer um balanço das atividades durante os dois mandatos e os três anos que esteve à frente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A parlamentar encerra seu segundo mandato na Câmara dos Deputados no dia 31 de janeiro.

“Gratidão aos colegas, com quem aprendi muito. À Frente Parlamentar da Agropecuária, que me ensinou a lutar ainda mais por esse setor, a locomotiva do nosso país. Gratidão ao presidente Jair Bolsonaro, um grande líder, que me deu a oportunidade de assumir um dos maiores desafios da minha carreira: o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil”, disse, na tribuna da Câmara.

De acordo com a parlamentar, a verdadeira reforma agrária no país foi feita sob a liderança de Jair Bolsonaro. Ela ressaltou o número de documentos titulatórios entregues nos últimos quatro anos, “ foi o presidente Jair Bolsonaro que realizou a reforma agrária na prática, dando títulos de propriedade para mais de 448 mil famílias em todo o Brasil. Ver pessoas dizendo que estavam presas e foram libertas foi uma das experiências mais marcantes da minha vida. Lembro até hoje de um senhor lá de Sergipe, do assentamento Jacaré Curituba”, explicou.

Tereza Cristina criticou o relatório entregue pela equipe de transição do próximo governo. “Ao contrário do que relatórios feitos às pressas e baseados em ideologias – e não em dados – dizem por aí, o presidente Jair Bolsonaro foi o que mais ajudou o produtor rural, desde o pequeno até o grande. Afinal, nosso entendimento é que o agro é um só. E quando juntamos os agricultores em um só Ministério, integramos o gerenciamento de políticas públicas”, ressaltou.

Para ela, a “verdadeira missão do agente público”, é fazer com que essas políticas públicas cheguem à ponta, “essa é a nossa verdadeira missão: mudar a realidade dessas pessoas, com mais oportunidades de renda e qualidade de vida. Fazer com que essas leis, aprovadas neste Plenário, beneficiem os mais de 215 milhões de brasileiros”, enfatizou.

Durante a gestão do governo Bolsonaro, a agricultura familiar recebeu o maior montante de recursos da história do país. No Plano Safra deste ano, por exemplo, foram mais de R$61,5 bilhões. Tereza Cristina também citou a herança dos governos anteriores no setor de aquicultura e pesca. “Herdamos um Ministério da Pesca sucateado, na era jurássica, ainda com registros desatualizados e amontoados em uma sala, com milhares de caixas e toneladas de papeis, que deram espaço a um sistema moderno. Buscamos modernizar, sem precarizar, a prestação do serviço público”, disse.

Tereza Cristina faz discurso de despedida na Câmara dos Deputados

Câmara dos Deputados               

No Legislativo, a senadora eleita, destacou a aprovação da Lei do Agro (Lei nº 13.986, de 2020), a implementação da Lei do Fiagro (Lei nº 14.130, de 2021) e o lançamento, em 2021, da Cédula de Produto Rural (CPR) Verde, um novo título para o produtor rural brasileiro financiar a conservação da parcela de vegetação nativa em sua propriedade.

Sobre seus dois mandatos representando os sul-mato-grossenses, afirmou que se sente orgulhosa e que vai trabalhar ainda mais para seus conterrâneos. “Meus amigos, como deputada federal desde 2015, pude contribuir com recursos que levaram melhorias para a população dos 79 municípios do meu estado. Despeço-me desta Casa, mas não deste Plenário, sei que ainda virão muitas votações e sessões do Congresso Nacional para debatermos o futuro do Brasil. Meu papel será diferente, em oposição ao novo governo, mas nunca em oposição ao nosso povo. Lutando pela liberdade, democracia e contra atitudes arbitrárias de qualquer um dos Poderes”, concluiu.

Trajetória política

Após comandar a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo (Seprotur) do Mato Grosso do Sul por sete anos, Tereza Cristina se candidatou, em 2014, para assumir uma das oito vagas do Legislativo Federal. Foi eleita com 75.149 votos.

Em 2018, tentou a reeleição e obteve 75.068 votos. No mesmo ano, foi convidada a assumir o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro. Em janeiro de 2019, assumiu a pasta, ficando no cargo até março de 2022.

Reassumiu o mandato de deputada federal para candidatar-se à senadora da República nas eleições de 2022. Elegeu-se com 829.149 votos, mais de 60% dos votos válidos. Foi diplomada e tomará posse no Senado Federal em fevereiro de 2023.

Tereza Cristina é diplomada como senadora da República

Nesta segunda-feira (19), Tereza Cristina, foi diplomada como senadora da República, em cerimônia realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso do Sul, em Campo Grande. A diplomação habilita a parlamentar a exercer o mandato eletivo pelos próximos oito anos. Em seu discurso, agradeceu aos 829.149 eleitores e disse estar muito honrada com a nova e desafiadora missão.

“Hoje é a materialização de um sonho. Já estive aqui por outras duas vezes, como deputada federal, mas agora é diferente. Como senadora eleita, por 829.149 pessoas, sinto-me ainda mais honrada e desafiada a trabalhar por um Mato Grosso do Sul mais próspero, desenvolvido e justo. Não serei senadora apenas daqueles que me escolheram, mas de todos os sul-mato-grossenses”, afirmou a parlamentar.

Trecho do discurso de Tereza Cristina

Tereza Cristina lembrou de seu avô, Fernando Corrêa da Costa, que foi senador por duas vezes, ainda no estado uno, com mandatos que tiveram início nos anos de 1959 e 1967. “É muita emoção ocupar uma cadeira no Senado, assim como ele o fez. Ainda outro dia, encontrei, em uma gaveta, os seus bótons de senador. Tenham certeza que já os poli para tomar posse com eles. Encontrei também as cartas que trocávamos na época da minha faculdade de agronomia. Com certeza, Fernando Corrêa da Costa estaria feliz com essa minha diplomação”, falou, emocionada.

A atual deputada federal ressaltou o papel que um senador deve exercer em prol da unidade da federação. Disse ainda que é preciso exercer a democracia com respeito e equilíbrio entre os Poderes. “Vivemos um momento muito delicado da nossa democracia. As eleições aconteceram, estamos eleitos, agora diplomados, e vamos trabalhar arduamente para que essa democracia seja exercida com respeito e, principalmente, com equilíbrio e harmonia entre os Poderes. E o nosso olhar, lá no Congresso Nacional, estará atento a cada decisão arbitrária”, explicou.

O governador eleito e também diplomado na cerimônia, Eduardo Riedel, parabenizou Tereza Cristina pela eleição. “Minha querida amiga, Tereza Cristina, também estou muito feliz com sua eleição, gratidão por confiar em um projeto do qual você fez parte da construção. Nossa história pelo Mato Grosso do Sul tem muitos capítulos em comum. E, nessa campanha, reforcei minha convicção na sua firmeza de caráter e de propósitos. Siga em frente, minha amiga, e ajude a construir o Brasil que sonhamos”, ressaltou Riedel.

Também foram diplomados na cerimônia, o vice-governador eleito, José Carlos Barbosa (Barbosinha), o segundo suplente da senadora eleita, Paulo Jorge Salomão da Câmara Nery (Paulinho Salomão), oito deputados federais e 24 deputados estaduais.

A posse da senadora diplomada, Tereza Cristina, ocorrerá no Congresso Nacional, em Brasília, no dia 1º de fevereiro.

Veja o discurso de Tereza Cristina na solenidade de diplomação.

“A fruticultura brasileira ainda tem muito espaço para crescer”, afirma Tereza Cristina

Foi durante a gestão da ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, em 2021, que o Brasil bateu recorde histórico em exportação de frutas, somando US$ 1,21 bilhão. Mas para a senadora eleita, esse setor ainda pode crescer muito mais. “Essa é uma atividade que gera muito emprego e renda, principalmente em regiões que precisam de mais desenvolvimento econômico. Nossa fruticultura ainda é incipiente”, afirmou Tereza Cristina.  

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as exportações brasileiras de frutas em 2021 foram superiores tanto em volume quanto em receita. O faturamento superou US$ 1,21 bilhão, sendo 20,39% acima do computado até dezembro de 2020. O volume total de frutas frescas enviadas ao exterior foi de 1,24 milhão de toneladas, superior em 18,13% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Dentre as frutas mais exportadas pelo Brasil em 2021 estão: mangas, com US$ 248 milhões e 20% do total exportado no período; melões, com US$ 165 milhões e 14% de participação; uvas, com US$ 155,9 milhões e 13%; nozes e castanhas, com US$ 151,9 milhões e 13%; limões e limas, com US$ 123,8 milhões e 10% de participação. As exportações das frutas nacionais em 2021 tiveram como principais destinos a União Europeia (48%), os Estados Unidos (16%), o Reino Unido (14%), a Argentina (4%) e o Canadá (3%).

No primeiro semestre de 2022, segundo a Abrafrutas, limões e limas lideram o ranking de frutas mais exportadas, com faturamento de US$75 milhões, seguidos por mangas e melões, respectivamente.


Homenagem

Com a participação dos produtores exportadores de frutas de diversos estados, a Abrafrutas comemorou os resultados obtidos nos últimos anos e premiou algumas personalidades pelos relevantes serviços e contribuições prestadas ao setor. Tereza Cristina recebeu das mãos do presidente da Associação, Guilherme Coelho, o reconhecimento pela eficiente interlocução e importância política dada a fruticultura brasileira, que resultaram em fortes avanços.

“É muito gratificante receber a homenagem dessa associação, que ainda é jovem, mas que já traz grandes resultados para nossa fruticultura. Esse segmento, que já começa a despontar, não só no abastecimento interno do nosso país, mas também em outros países do mundo, tem tudo para crescer ainda mais. A gente vê no Nordeste, por exemplo, o que tem sido feito com a fruticultura irrigada”, explicou.

A parlamentar relembrou a parceria do Ministério com a Abrafrutas em busca de novos mercados. “Tivemos a oportunidade de abrir o mercado dos nossos melões para China, limão para o Chile, entre outros. Foi uma grande conquista”, disse.

Também receberam a homenagem da Associação, o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Carlos Melles, presidente da Embrapa, Celso Moretti, ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Augusto Pestana, ministro da Agricultura, Marcos Montes, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, João Martins, e o deputado estadual de São Paulo, Frederico d’Ávila.

Com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Tereza Cristina destaca boa fase de desenvolvimento em Mato Grosso do Sul

Tereza Cristina, candidata ao Senado (PP/MS), esteve em Santa Rita do Pardo, cidade com aproximadamente 8 mil habitantes, localizada na região leste de Mato Grosso do Sul. Por lá, ela destacou a boa fase de desenvolvimento que o estado vive. Segundo a candidata, os 79 municípios receberam atenção e investimentos do governo estadual e federal.

“O governo não fez acepção entre os municípios e, como no caso de Santa Rita do Pardo, mesmo sendo uma cidade de pequeno porte, recebeu investimentos. E tem obras no setor de celulose com custo aproximado de R$14 bilhões”, explicou.

Em sua atuação parlamentar, Tereza Cristina destinou quase R$ 8 milhões ao município, que foram destinados a diversas áreas, como saúde, saneamento básico, agricultura e infraestrutura.

“Está vindo aí, com recursos de uma emenda minha, um caminhão para tirar as verduras do hortifrúti, para que vocês possam vender. Precisamos fazer renda nos assentamentos, vocês têm que ter mais renda. Sim, tem que ter dignidade, temos que dar condições para que os jovens fiquem nas terras, junto com vocês. A gente vai envelhecendo, a gente precisa dos filhos, lá, estudando, sendo técnicos agrícolas, agrônomos, veterinários, entre outras profissões”, enfatizou.

Durante visita ao município, Tereza Cristina conversou com moradores e lideranças. Ela ressaltou a importância das eleições do próximo domingo. Segundo ela, é a mais importante dos últimos anos.

O prefeito da cidade, Dr. Lúcio, agradeceu a presença da candidata e manifestou seu apoio ao município como parlamentar. “Falar de Tereza Cristina é muito importante para o nosso município de Santa Rita. Todas as vezes que nós a procuramos enquanto ministra, enquanto deputada, ela sempre nos atendeu”, disse.

Tereza Cristina reafirmou o compromisso de trabalhar por todas as áreas, caso seja eleita senadora. “Na agricultura familiar, eu trabalhei muito, desde que fui secretária aqui no estado. Trabalhei muito tempo para que pudéssemos entregar os títulos de propriedade dos assentamentos. Ainda não está bom, mas já temos mais de 410 mil títulos entregues em todo o Brasil. Mas como senadora, irei trabalhar por todas as áreas, pela saúde, educação, infraestrutura, entre outras”, concluiu.

Tereza Cristina colaborou com a chegada de insumos para as vacinas durante a pandemia

Na última semana de campanha eleitoral, a candidata ao Senado, Tereza Cristina (PP/MS), falou sobre a importância da agropecuária para todos os setores econômicos e como a sua atuação no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento agregou benefícios, não só para o setor, mas também para o combate à pandemia no país.

Durante entrevista a uma rádio, em Campo Grande, ela relembrou o auxílio ao Ministério da Saúde, na gestão de Marcelo Queiroga, para a chegada dos primeiros Ingredientes Farmacêuticos Ativos (IFAs), insumo essencial para a produção de doses de vacina contra a Covid-19.

“Na época, o Brasil estava em busca de insumos para a produção das vacinas, mas havia dificuldade no recebimento deste material. O [Marcelo] Queiroga tinha assumido recentemente o Ministério da Saúde e pediu ajuda da nossa equipe, que conta com profissionais fluentes em mandarim. Foi aí que negociamos com a China e conseguimos os IFAs. Isso mostrou que é um governo que trabalha de forma transversal, que não está cada um preocupado apenas com a sua ‘caixinha’, mas voltado para todos os serviços essenciais para a população”, explicou Tereza Cristina.

Outra pauta abordada na entrevista foi o agronegócio, pois os opositores políticos costumam dizer que a ex-ministra trabalhou apenas no atendimento dos grandes produtores agrícolas. A candidata usou seu conhecimento técnico para desmistificar o assunto e destacou que o setor é um só, composto tanto pela agricultura familiar, os que vendem apenas no município, como pelos produtores que exportam.

“Quem produz em um espaço menor não quer dizer que não faça parte do agronegócio. As pessoas acham que o agronegócio é soja, é proteína, mas não é só isso. Engloba cebola, alho, arroz, trigo e por aí vai. Então, o agronegócio é tudo! Desde a roupa que a gente veste, que tem o algodão, até o que comemos e bebemos. É um setor que tem feito uma revolução tecnológica e emprega mais de 20 milhões de pessoas”, ressaltou.

Campanha ao Senado

Questionada sobre os ataques dos adversários, a candidata reforçou que sua campanha é baseada em propostas e serviços prestados aos sul-mato-grossenses.

“Minha campanha é baseada no serviço prestado aos 79 municípios e em propostas para o desenvolvimento do estado e do Brasil. Agora, todo mundo virou especialista em agricultura familiar, mas eu sei o que fiz para esse setor. E os números estão aí. Nesses três anos de Governo Bolsonaro, nós colocamos R$ 120 bilhões de crédito para os agricultores familiares de todo o Brasil, além de entregar títulos de propriedade para pessoas que esperam há anos pelo direito ao documento”, relembrou Tereza.

Durante os três anos e três meses à frente da pasta, Tereza Cristina priorizou a agricultura familiar e impulsionou a produção e produtividade no país. A alocação de recursos de financiamento subsidiados a esses agricultores foi a maior dos últimos 20 anos.

A gestão de Tereza Cristina foi responsável pela entrega de mais de 14 mil documentos titulatórios a famílias dos assentamos de Mato Grosso do Sul. Com o o título da propriedade, esses produtores podem ter acesso a crédito e investir em suas terras. Além do documento, eles também receberam crédito e assistência técnica, por meio do Programa de Consolidação de Assentamentos (Produzir Brasil).

A entrevista foi concluída com o convite da candidata aos eleitores, para que conheçam suas propostas e serviços prestados em prol da população sul-mato-grossense. “Eu quero muito ser senadora para debater e aprovar propostas importantes para o Mato Grosso do Sul e o Brasil. Conheçam meu trabalho para avaliarem minha atuação”, finalizou.