Pacheco levará mensagem da oposição ao STF

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) prometeu nesta quarta-feira, 31/01, levar ao Supremo Tribunal Federal (STF) as preocupações de um grupo de parlamentares da oposição, dentre eles a senadora Tereza Cristina (PP-MS), com a independência, e equilíbrio democrático entre os três poderes. “Não se trata de defender esse ou aquele parlamentar, mas de respeito ao Legislativo como instituição”, afirmou a líder do PP, lembrando que todos os eventuais investigados têm amplo direito à defesa.

Líderes da oposição se reuniram pela manhã a com Rodrigo Pacheco para tratar desse tema. Além do PP, participaram representantes do PL, Republicanos, União Brasil, PSDB, Podemos e Novo. Segundo os líderes, foi entregue a Pacheco uma pauta legislativa que reafirma as prerrogativas do Parlamento brasileiro,.

Segundo os participantes da reunião, Pacheco deverá fazer até a próxima sexta-feira uma análise das propostas entregues e selecionar quais poderão ser recepcionadas. Os senadores também sugeriram a Pacheco um acordo com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para que as propostas sejam votadas rapidamente nas duas Casas.

Na última segunda-feira (29), Pacheco informou que iria encaminhar ao STF ofício “solicitando os possíveis nomes de parlamentares clandestinamente monitorados pela Agência Brasileira de Inteligência, dada a gravidade que um fato dessa natureza representa”.

A nota da Presidência do Congresso Nacional faz referência à operação da Polícia Federal que investiga uma suposta rede de informações clandestinas dentro Abin, chamada de “Abin paralela”. Na quinta-feira passada (25), dentro da Operação Vigilância Aproximada, a Polícia Federal cumpriu 21 mandados de busca e apreensão. Um dos alvos foi o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019–2022). Ramagem, que nega as acusações, também esteve ontem com Pacheco.

Na segunda-feira (29), a PF deflagrou mais uma fase da operação, tendo entre os alvos o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do ex-presidente. A família Bolsonaro afirma estar sendo alvo de perseguição política pelo que denominou de “PF paralela”. Em nota oficial, a PF informou que, “nesta nova etapa, a Polícia Federal busca avançar no núcleo político” do suposto esquema de espionagem ilegal montado na Abin.

Com informações da Agência Senado

Tereza Cristina defende devolução da MP que reonera empresas

A líder do PP no Senado, Tereza Cristina (MS), defendeu nesta terça-feira, 09/01, em reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que a Mesa devolva ao Executivo a Medida Provisória 1202 que reonera a folha de pagamentos das empresas que mais geram empregos no país.

No final de 2023, o Congresso decidiu por duas vezes, ao aprovar um projeto de lei e ao derrubar um veto presidencial, manter até 2027 a redução da carga tributária sobre a folha de pagamentos de 17 setores. A MP 1202 reonera progressivamente essas empresas. “Considero essa decisão do governo um desrespeito ao Legislativo”, disse Tereza Cristina. “É uma MP que pode ter como efeito diminuir a atividade econômica e trazer desemprego”, destacou.

Como a maioria dos líderes partidários, a senadora julga que a MP deve ser devolvida. Na reunião, Tereza Cristina sugeriu que o tema seja tratado por meio de projeto de lei, em regime de urgência, a partir de fevereiro. “Assim vamos garantir segurança jurídica, emprego e renda no nosso país”, completou.

De acordo com a senadora, os líderes irão esperar que o presidente Pacheco converse com o ministro da Economia, Fernando Haddad, e negocie o envio de um novo projeto de lei ao Legislativo para substituir a Medida Provisória.

Rodrigo Pacheco afirmou que a MP causou “estranheza” por se tratar de um tema já debatido pelo Congresso e não descartou a possibilidade de devolução parcial da medida. O objetivo, segundo o presidente do Senado, é encontrar com o governo um meio-termo para o mérito da proposta e, depois, decidir a forma como isso será feito.

“Acho difícil ter uma evolução de revogação desse instituto da desoneração da folha de pagamento no âmbito do Congresso Nacional”, afirmou, após a reunião de líderes. Ele espera conversar com Haddad e tomar a decisão sobre a MP ainda neste mês de janeiro.

Com informações da Agência Senado