Projeto que reonera 17 setores é sancionado

O Executivo sancionou com vetos a Lei 14.973, de 2024, que prevê o fim gradual da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia que mais empregam. A norma foi publicada nesta segunda-feira (16) em edição extra do Diário Oficial da União. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destacou as negociações que levaram à aprovação da legislação, alvo de um longo debate com o governo federal acerca da redução e da recomposição de receitas tributárias. A líder do PP, senadora Tereza Cristina (MS), participou ativamente dessas negociações e ouviu os setores produtivos.

Segundo Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a sanção do projeto “encerra um longo caminho de amadurecimento das discussões entre o governo e o Congresso Nacional”. “O consenso alcançado representa uma solução muito favorável para os setores da economia e, principalmente, para os municípios brasileiros, que passam a contar com uma medida muito relevante ao equilíbrio das contas públicas”, escreveu Pacheco em nota oficial divulgada nesta terça-feira, 17/09.

De acordo com o texto, a reoneração da folha de pagamento deve ocorrer de forma gradual durante três anos. A lei mantém a desoneração integral em 2024, mas estabelece a retomada paulatina da tributação a partir de 2025, com alíquota de 5% sobre a folha. O governo tentou acabar ou compensar a desoneração de forma abrupta, mas o Legislativo não concordou. “Não podíamos deixar a economia do país nessa insegurança jurídica pois esses são os setores que mais empregam”, destacou a senadora.

A cobrança sobre para 10% em 2026 e alcança 20% no ano seguinte. Durante o período de transição, a folha do 13º salário continua integralmente desonerada.

A Lei 14.973, de 2024, também reduz gradualmente o adicional de 1% sobre a Cofins-Importação, cobrada em função da desoneração da folha. O tributo cai para 0,8%, em 2025, e para 0,6%, em 2026. No ano seguinte, a alíquota prevista é de 0,4%.

Vetos

A Lei 14.973, de 2024, é resultado do projeto de lei (PL) 1.847/2024, apresentado pelo senador licenciado Efraim Filho (União-PB). A matéria recebeu relatório favorável do senador Jaques Wagner (PT-BA).

O presidente Lula vetou quatro dispositivos do texto, aprovado em agosto pelo Senado e em setembro pela Câmara dos Deputados. O primeiro criava centrais de cobrança e negociação de créditos não tributários. Elas teriam competência para realizar acordos relacionados a débitos inscritos em dívida ativa.

Segundo a mensagem de veto, o dispositivo é inconstitucional porque “adentra de forma detalhada” em atribuições do Poder Executivo. De acordo com o Palácio do Planalto, as centrais de cobrança só poderiam ser criadas a partir de um projeto de lei sugerido pelo presidente da República.

Lula também vetou um artigo que destinava recursos à Advocacia-Geral da União (AGU) e ao Ministério da Fazenda para o desenvolvimento de sistemas de cobrança e de soluções negociáveis de conflitos. Segundo a mensagem de veto, o dispositivo contraria o interesse público por restringir o repasse de recursos a órgãos específicos.

Outro ponto vetado dava 90 dias para o governo federal indicar o responsável por desenvolver e manter um sistema unificado de cobrança de créditos não tributários. Para o presidente Lula, a exigência “representaria interferência indevida do Poder Legislativo nas atividades próprias do Poder Executivo”.

O último artigo tratava de recursos esquecidos em contas bancárias. O projeto aprovado por senadores e deputados dava até 31 de agosto para que o dinheiro fosse reclamado pelos titulares das contas. Após essa data, os recursos seriam apropriados pelo Tesouro Nacional. Segundo a mensagem de veto, o dispositivo contraria o interesse público.

Histórico

A política de desoneração para 17 setores da economia que contratam grande número de trabalhadores começou em 2012 e foi prorrogada nos anos seguintes. O modelo substitui a contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento por um percentual do faturamento.

Em agosto de 2023, senadores e deputados aprovaram o PL 334/2023, que prorrogou a desoneração e reduziu a alíquota da contribuição previdenciária de pequenos municípios. O projeto foi integralmente barrado pelo presidente da República. Mas o Congresso Nacional derrubou o veto (VET 38/2023) e promulgou a Lei 14.784, de 2023, que manteve a desoneração.

Após a derrubada do veto, Lula editou a medida provisória (MP) 1.202/2023, que revogou partes da lei recém-promulgada e determinou a reoneração gradual da folha. Parlamentares criticaram a proposta. Após negociação com o Congresso Nacional, o Poder Executivo editou a MP 1.208/2024, que revogou trechos da medida anterior.

Em abril deste ano, a União entrou com uma ação direita de inconstitucionalidade (ADI 7.633) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Lei 14.784, de 2023. Segundo a Advocacia Geral da União (AGU), a prorrogação da desoneração da folha representa uma redução de cerca de R$ 10 bilhões anuais na arrecadação.

A ação foi distribuída para o ministro Cristiano Zanin, que deu prazo até 11 de setembro para que os Poderes Legislativo e Executivo buscassem um acordo sobre a desoneração. A Lei 14.973, de 2024, sancionada nesta semana, pode ser o desfecho para um impasse que se arrasta há mais de um ano.

Com informações da Agência Senado

SAIU NA MÍDIA | ESTADÃO: Muni­cí­pios liga­dos ao agro lide­ram gera­ção de novos empre­gos

Por Luiz Guilherme Gerbelli e Renée Pereira

Com o agro­ne­gó­cio puxando o cres­ci­mento do País, cida­des com ati­vi­da­des ligada direta ou indi­re­ta­mente ao setor estão se des­ta­cando na cri­a­ção de novos pos­tos de tra­ba­lho. Segundo levan­ta­mento rea­li­zado pela con­sul­to­ria LCA, com base no Cadas­tro Geral de Empre­ga­dos e Desem­pre­ga­dos (Caged), qua­tro dos cinco muni­cí­pios com mais de 50 mil habi­tan­tes que cri­a­ram o maior número de vagas no pri­meiro semes­tre, em rela­ção à popu­la­ção, são vin­cu­la­dos ao agro – Cris­ta­lina (GO), Venân­cio Aires (RS), Santa Cruz do Sul (RS) e Len­çóis Pau­lista (SP). Da lista, só Canaã dos Cara­jás (PA), onde a mai­o­ria dos empre­gos vem da área de cons­tru­ção, foge desse per­fil.

Com o agro­ne­gó­cio puxando o cres­ci­mento do País, cida­des com ati­vi­da­des ligada direta ou indi­re­ta­mente ao setor estão se des­ta­cando na cri­a­ção de novos pos­tos de tra­ba­lho. Segundo levan­ta­mento rea­li­zado pela con­sul­to­ria LCA, com base no Cadas­tro Geral de Empre­ga­dos e Desem­pre­ga­dos (Caged), qua­tro dos cinco muni­cí­pios com mais de 50 mil habi­tan­tes que cri­a­ram o maior número de vagas no pri­meiro semes­tre, em rela­ção à popu­la­ção, são vin­cu­la­dos ao agro – Cris­ta­lina (GO), Venân­cio Aires (RS), Santa Cruz do Sul (RS) e Len­çóis Pau­lista (SP). Da lista, só Canaã dos Cara­jás (PA), onde a mai­o­ria dos empre­gos vem da área de cons­tru­ção, foge desse per­fil.

Com a taxa de desem­prego no menor nível desde 2014, algu­mas cida­des têm se sobres­sa­ído na cri­a­ção de novas vagas. E o que quase todas elas têm em comum é o fato de apre­sen­ta­rem ati­vi­da­des liga­das, de forma direta ou indi­reta, ao agro­ne­gó­cio – até aqui, o grande motor para o cres­ci­mento do País.

As infor­ma­ções são de um levan­ta­mento rea­li­zado pela con­sul­to­ria LCA. Con­si­de­rando os locais com mais de 50 mil habi­tan­tes, as cida­des de Cris­ta­lina (GO), Venân­cio Aires (RS), Canaã dos Cara­jás (PA), Santa Cruz do Sul (RS) e Len­çóis Pau­lista (SP) foram as cinco que mais cri­a­ram vagas de tra­ba­lho no pri­meiro semes­tre do ano em rela­ção ao seu número de habi­tan­tes.

“Tirando Canaã dos Cara­jás, qua­tro dos cinco muni­cí­pios têm vagas liga­das à ques­tão do agro­ne­gó­cio, da agro­pe­cu­á­ria. É o que tem puxado a eco­no­mia neste ano”, diz Bruno Imai­zumi, eco­no­mista da LCA e res­pon­sá­vel pelo estudo. O mape­a­mento da con­sul­to­ria foi rea­li­zado com base nos dados do Cadas­tro Geral de Empre­ga­dos e Desem­pre­ga­dos (Caged) e, por­tanto, só inclui o mer­cado de tra­ba­lho for­mal.

Em Cris­ta­lina, por exem­plo, foram aber­tas quase 3,5 mil vagas, o equi­va­lente a 5,6% do total de habi­tan­tes no muni­cí­pio. Ali, nada menos do que 87% das vagas sur­gi­ram na esteira da agri­cul­tura, com o cul­tivo de soja e de outras ole­a­gi­no­sas. Já em Venân­cio Aires, a rela­ção emprego for­mal/habi­tan­tes che­gou a 5,3%. A indús­tria de fumo é forte na região e, pela pes­quisa da LCA, res­pon­deu por 95% dos pos­tos aber­tos no pri­meiro semes­tre.

Em Cris­ta­lina, por exem­plo, foram aber­tas quase 3,5 mil vagas, o equi­va­lente a 5,6% do total de habi­tan­tes no muni­cí­pio. Ali, nada menos do que 87% das vagas sur­gi­ram na esteira da agri­cul­tura, com o cul­tivo de soja e de outras ole­a­gi­no­sas. Já em Venân­cio Aires, a rela­ção emprego for­mal/habi­tan­tes che­gou a 5,3%. A indús­tria de fumo é forte na região e, pela pes­quisa da LCA, res­pon­deu por 95% dos pos­tos aber­tos no pri­meiro semes­tre.

O peso do agro­ne­gó­cio apa­rece ainda nos casos de Santa Cruz do Sul (tam­bém por conta da indús­tria de fumo) e de Len­çóis Pau­lis­tas (celu­lose). Das cinco, só Canaã dos Cara­jás foge desse per­fil: 77% dos novos empre­gos têm como ori­gem o setor de cons­tru­ção, impul­si­o­nado por obras públi­cas. O pro­jeto S11D da Vale, con­si­de­rado o maior com­plexo de mine­ra­ção do mundo, tam­bém está loca­li­zado na cidade.

No pri­meiro tri­mes­tre deste ano, o PIB cres­ceu 1,9% em rela­ção aos últi­mos três meses de 2022. O resul­tado foi puxado pelo agro­ne­gó­cio – o setor cres­ceu 21,6%.

O dire­tor do FGV Social, Mar­celo Neri, afirma que o agro­ne­gó­cio tem sido a solu­ção, com uma ele­vada gera­ção de emprego. Para ele, o que pode­ria ser um pro­blema – com um even­tual aumento da desi­gual­dade social no campo – não tem ocor­rido. Hoje, diz o exe­cu­tivo, o Cen­tro-Oeste, maior pro­du­tor agrí­cola do País, é a segunda região com menor desi­gual­dade do tra­ba­lho. “A renda é alta, e isso tem pro­vo­cado um fluxo migra­tó­rio de pes­soas do Sul para essas fron­tei­ras agrí­co­las.”

O dire­tor do FGV Social, Mar­celo Neri, afirma que o agro­ne­gó­cio tem sido a solu­ção, com uma ele­vada gera­ção de emprego. Para ele, o que pode­ria ser um pro­blema – com um even­tual aumento da desi­gual­dade social no campo – não tem ocor­rido. Hoje, diz o exe­cu­tivo, o Cen­tro-Oeste, maior pro­du­tor agrí­cola do País, é a segunda região com menor desi­gual­dade do tra­ba­lho. “A renda é alta, e isso tem pro­vo­cado um fluxo migra­tó­rio de pes­soas do Sul para essas fron­tei­ras agrí­co­las.”

Um dos des­ta­ques da pes­quisa feita pela con­sul­to­ria LCA, Cris­ta­lina (GO) sur­giu da explo­ra­ção do garimpo e, por isso, durante anos foi conhe­cida como a cidade dos cris­tais. Mas o garimpo não dei­xou nenhum legado. Gra­ças ao clima mais ameno e a uma boa dose de tec­no­lo­gia, o desen­vol­vi­mento recente da região vem prin­ci­pal­mente da agri­cul­tura.

Mesmo quando o clima não ajuda, sis­te­mas de irri­ga­ção são aci­o­na­dos para garan­tir a pro­du­ti­vi­dade no campo. A cidade tem a maior área irri­gada do País, com cerca de 80 mil hec­ta­res. Isso per­mite a pro­du­ção de até três safras no mesmo ano, depen­dendo da cul­tura – o que explica o fato de Cris­ta­lina ser a cam­peã no ran­king da LCA: 87% das vagas aber­tas na cidade no pri­meiro semes­tre esta­vam liga­das à ati­vi­dade agrí­cola. A pro­por­ção vagas por habi­tan­tes che­gou a 5,6%.

Mesmo quando o clima não ajuda, sis­te­mas de irri­ga­ção são aci­o­na­dos para garan­tir a pro­du­ti­vi­dade no campo. A cidade tem a maior área irri­gada do País, com cerca de 80 mil hec­ta­res. Isso per­mite a pro­du­ção de até três safras no mesmo ano, depen­dendo da cul­tura – o que explica o fato de Cris­ta­lina ser a cam­peã no ran­king da LCA: 87% das vagas aber­tas na cidade no pri­meiro semes­tre esta­vam liga­das à ati­vi­dade agrí­cola. A pro­por­ção vagas por habi­tan­tes che­gou a 5,6%.

Res­pon­sá­vel pelo estudo, o eco­no­mista Bruno Imai­zumi explica que, para evi­tar dis­tor­ções, con­si­de­rou a rela­ção entre cri­a­ção de pos­tos de tra­ba­lho e tama­nho da popu­la­ção, já que muni­cí­pios mais popu­lo­sos ten­dem a apre­sen­tar sal­dos líqui­dos mai­o­res de cri­a­ção de emprego – embora nem sem­pre seja um valor repre­sen­ta­tivo para a dinâ­mica local.

Os meno­res, por sua vez, tam­bém podem apre­sen­tar dis­tor­ções. Sem o recorte do número mínimo de habi­tan­tes, a cidade com maior número de vagas cri­a­das em rela­ção ao tama­nho da popu­la­ção é Borá. O muni­cí­pio do inte­rior de São Paulo tem ape­nas 907 habi­tan­tes, e repor­tou a aber­tura de 278 vagas, o que cor­res­ponde a uma rela­ção de 30,7%.

EXPANSÃO. Até 2008, o índice de desem­prego em Cris­ta­lina che­gava perto de 39%. Mas a expan­são do agro­ne­gó­cio mudou o rumo dessa his­tó­ria. Com altos inves­ti­men­tos em tec­no­lo­gia, a cidade tem rece­bido tam­bém fabri­can­tes de ali­men­tos enla­ta­dos, como massa de tomate, ervi­lha e milho, entre outros pro­du­tos. Entre as empre­sas que estam­pam suas mar­cas na cidade, estão a fran­cesa Bon­du­elle, a Fugini e a Sor­gatto. “Somos o pri­meiro PIB agrí­cola de Goiás, e com­pe­ti­mos com Rio Verde”, diz o pre­feito de Cris­ta­lina, Daniel Sabino Vaz.

EXPANSÃO. Até 2008, o índice de desem­prego em Cris­ta­lina che­gava perto de 39%. Mas a expan­são do agro­ne­gó­cio mudou o rumo dessa his­tó­ria. Com altos inves­ti­men­tos em tec­no­lo­gia, a cidade tem rece­bido tam­bém fabri­can­tes de ali­men­tos enla­ta­dos, como massa de tomate, ervi­lha e milho, entre outros pro­du­tos. Entre as empre­sas que estam­pam suas mar­cas na cidade, estão a fran­cesa Bon­du­elle, a Fugini e a Sor­gatto. “Somos o pri­meiro PIB agrí­cola de Goiás, e com­pe­ti­mos com Rio Verde”, diz o pre­feito de Cris­ta­lina, Daniel Sabino Vaz.

Loca­li­zada a 131 qui­lô­me­tros da capi­tal fede­ral, a cidade tam­bém tem expe­ri­men­tado a expan­são da fru­ti­cul­tura. O muni­cí­pio está den­tro de um pro­grama da Com­pa­nhia de Desen­vol­vi­mento dos Vales do São Fran­cisco e do Par­na­íba (Code­vasf) para ampliar o cul­tivo de fru­tas. O pro­jeto ini­cial é de 10 hec­ta­res de plan­ta­ção de melão, cuja pri­meira colheita será em setem­bro, diz Edson Car­los da Silva, pro­du­tor de Cris­ta­lina. O obje­tivo é che­gar a 19 hec­ta­res.

Mineiro de Capi­nó­po­lis, ele che­gou à cidade há quase 30 anos como fun­ci­o­ná­rio de uma coo­pe­ra­tiva de agro­pe­cu­á­ria, e se tor­nou um empre­sá­rio em Cris­ta­lina. Silva foi um dos pri­mei­ros pro­du­to­res a apos­tar na fru­ti­cul­tura. Já plan­tou uva, goi­aba e maçã. “Hoje, tra­ba­lho como inte­gra­dor: for­neço tudo o que o pro­du­tor pre­cisa, como mudas, insu­mos e conhe­ci­mento téc­nico.”

Mineiro de Capi­nó­po­lis, ele che­gou à cidade há quase 30 anos como fun­ci­o­ná­rio de uma coo­pe­ra­tiva de agro­pe­cu­á­ria, e se tor­nou um empre­sá­rio em Cris­ta­lina. Silva foi um dos pri­mei­ros pro­du­to­res a apos­tar na fru­ti­cul­tura. Já plan­tou uva, goi­aba e maçã. “Hoje, tra­ba­lho como inte­gra­dor: for­neço tudo o que o pro­du­tor pre­cisa, como mudas, insu­mos e conhe­ci­mento téc­nico.”

“Cris­ta­lina é uma cidade de opor­tu­ni­da­des. Somos o pri­meiro PIB agrí­cola de Goiás, e com­pe­ti­mos com Rio Verde”

Daniel Sabino Vaz Pre­feito de Cris­ta­lina (GO), a 131 km de Bra­sí­lia

Cris­ta­lina tem hoje 62 mil habi­tan­tes, um cres­ci­mento de 33% em rela­ção a 2010. De acordo com Vaz, o Pro­duto Interno Bruto (PIB) do agro­ne­gó­cio da cidade é de R$ 8,5 bilhões, sendo quase R$ 5 bilhões refe­ren­tes à área irri­gada. Com a ati­vi­dade em alta, nos últi­mos anos a cidade ganhou tam­bém uma série de novos esta­be­le­ci­men­tos, como hotéis, res­tau­ran­tes, super­mer­ca­dos, esco­las e uni­ver­si­da­des.

Estadão (14/08/2023), link: