O Senado vai promover no próximo dia 15, às 14h, uma sessão especial em homenagem ao ex-ministro Alysson Paolinelli, que faleceu no ano passado. Os requerimentos para a homenagem (RQS 73/2024 e RQS 78/2024) foram apresentados pelos senadores Wellington Fagundes (PL-MT) e Izalci Lucas (PSDB-DF). A sessão vai ocorrer no dia em que a nomeação de Paolinelli para chefiar o Ministério da Agricultura completa 50 anos.
“O ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli, que foi meu amigo e conselheiro de todas as horas, transformou a agricultura brasileira na potência agroambiental que somos hoje. Seu nome estará para sempre inscrito no panteão dos grandes brasileiros”, afirmou a senadora Tereza Cristina (PP-MS), que também foi ministra da Agricultura.
Paolinelli nasceu no município de Bambuí (MG) em 1936 e morreu em 2023, em Belo Horizonte (MG), aos 86 anos, por complicações decorrentes de uma cirurgia. Ele foi ministro de 1974 a 1979. Nesse período, foi um dos responsáveis pela criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), onde implantou um amplo programa de bolsa de estudos para mais de 3 mil estudantes brasileiros nos mais diversos centros de pesquisa em agricultura pelo mundo.
Paolinelli foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2021, 2022 e 2023. Em outubro passado, a Comissão de Agricultura aprovou o Projeto de Resolução (PRS) 73/2023, de autoria dos senadores Tereza Cristina (PP-MS) e Jayme Campos (União-MT), que institui o Prêmio Alysson Paolinelli — reconhecimento destinado a pessoas que se destacarem por iniciativas ou práticas de produção sustentável de alimentos que contribuam para a segurança alimentar no Brasil.
“Ninguém faz nada sozinho, mas ele teve o privilégio de poder escolher também homens que o ajudaram a criar a Embrapa, que já tinha o embrião, mas ele fez isso funcionar. Saiu pelo Brasil recrutando jovens engenheiros agrônomos para poder mandar esses jovens para fora para fazerem mestrado, doutorado, e trazerem de volta conhecimento”, contou a senadora. “E foi aí que nós viramos a chave, de importadores natos, líquidos, para exportadores – e isso tem 50 anos. Isso foi muito rápido. E temos hoje temos essa agricultura sustentável e tropical”, acrescentou.
Tereza Cristina destacou ainda que, com a chegada da Embrapa ao Centro-Oeste, e com a revolução da tecnologia, o cerrado de terras vermelhas se transformou no celeiro do nosso país. “Então, é um exemplo para a gente de como a ciência, a tecnologia e a vontade do homem de melhorar, de fazer e de acontecer, podem mudar a realidade, como fez o Paolinelli”, avaliou. “E os produtores, não podemos deixar de falar, acreditaram nessa tecnologia que a Embrapa trouxe para o cerrado e também fizeram a diferença”, concluiu a senadora.
Com informações da Agência Senado