Tereza Cristina se despede da Câmara dos Deputados

A deputada federal Tereza Cristina (PP/MS), eleita como senadora nas eleições deste ano, aproveitou a última semana de trabalhos legislativos de 2022 para agradecer aos colegas deputados e fazer um balanço das atividades durante os dois mandatos e os três anos que esteve à frente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A parlamentar encerra seu segundo mandato na Câmara dos Deputados no dia 31 de janeiro.

“Gratidão aos colegas, com quem aprendi muito. À Frente Parlamentar da Agropecuária, que me ensinou a lutar ainda mais por esse setor, a locomotiva do nosso país. Gratidão ao presidente Jair Bolsonaro, um grande líder, que me deu a oportunidade de assumir um dos maiores desafios da minha carreira: o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil”, disse, na tribuna da Câmara.

De acordo com a parlamentar, a verdadeira reforma agrária no país foi feita sob a liderança de Jair Bolsonaro. Ela ressaltou o número de documentos titulatórios entregues nos últimos quatro anos, “ foi o presidente Jair Bolsonaro que realizou a reforma agrária na prática, dando títulos de propriedade para mais de 448 mil famílias em todo o Brasil. Ver pessoas dizendo que estavam presas e foram libertas foi uma das experiências mais marcantes da minha vida. Lembro até hoje de um senhor lá de Sergipe, do assentamento Jacaré Curituba”, explicou.

Tereza Cristina criticou o relatório entregue pela equipe de transição do próximo governo. “Ao contrário do que relatórios feitos às pressas e baseados em ideologias – e não em dados – dizem por aí, o presidente Jair Bolsonaro foi o que mais ajudou o produtor rural, desde o pequeno até o grande. Afinal, nosso entendimento é que o agro é um só. E quando juntamos os agricultores em um só Ministério, integramos o gerenciamento de políticas públicas”, ressaltou.

Para ela, a “verdadeira missão do agente público”, é fazer com que essas políticas públicas cheguem à ponta, “essa é a nossa verdadeira missão: mudar a realidade dessas pessoas, com mais oportunidades de renda e qualidade de vida. Fazer com que essas leis, aprovadas neste Plenário, beneficiem os mais de 215 milhões de brasileiros”, enfatizou.

Durante a gestão do governo Bolsonaro, a agricultura familiar recebeu o maior montante de recursos da história do país. No Plano Safra deste ano, por exemplo, foram mais de R$61,5 bilhões. Tereza Cristina também citou a herança dos governos anteriores no setor de aquicultura e pesca. “Herdamos um Ministério da Pesca sucateado, na era jurássica, ainda com registros desatualizados e amontoados em uma sala, com milhares de caixas e toneladas de papeis, que deram espaço a um sistema moderno. Buscamos modernizar, sem precarizar, a prestação do serviço público”, disse.

Tereza Cristina faz discurso de despedida na Câmara dos Deputados

Câmara dos Deputados               

No Legislativo, a senadora eleita, destacou a aprovação da Lei do Agro (Lei nº 13.986, de 2020), a implementação da Lei do Fiagro (Lei nº 14.130, de 2021) e o lançamento, em 2021, da Cédula de Produto Rural (CPR) Verde, um novo título para o produtor rural brasileiro financiar a conservação da parcela de vegetação nativa em sua propriedade.

Sobre seus dois mandatos representando os sul-mato-grossenses, afirmou que se sente orgulhosa e que vai trabalhar ainda mais para seus conterrâneos. “Meus amigos, como deputada federal desde 2015, pude contribuir com recursos que levaram melhorias para a população dos 79 municípios do meu estado. Despeço-me desta Casa, mas não deste Plenário, sei que ainda virão muitas votações e sessões do Congresso Nacional para debatermos o futuro do Brasil. Meu papel será diferente, em oposição ao novo governo, mas nunca em oposição ao nosso povo. Lutando pela liberdade, democracia e contra atitudes arbitrárias de qualquer um dos Poderes”, concluiu.

Trajetória política

Após comandar a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo (Seprotur) do Mato Grosso do Sul por sete anos, Tereza Cristina se candidatou, em 2014, para assumir uma das oito vagas do Legislativo Federal. Foi eleita com 75.149 votos.

Em 2018, tentou a reeleição e obteve 75.068 votos. No mesmo ano, foi convidada a assumir o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro. Em janeiro de 2019, assumiu a pasta, ficando no cargo até março de 2022.

Reassumiu o mandato de deputada federal para candidatar-se à senadora da República nas eleições de 2022. Elegeu-se com 829.149 votos, mais de 60% dos votos válidos. Foi diplomada e tomará posse no Senado Federal em fevereiro de 2023.

Tereza Cristina comemora aprovação do projeto de autocontrole no Senado Federal

Tereza Cristina e senador Luiz Carlos Heinze (PP/RS), relator da proposta no Senado

A senadora eleita, Tereza Cristina (PP/MS), acompanhou, nesta terça-feira (20), a votação do Projeto de Lei 1293/21 que dispõe sobre os programas de autocontrole dos agentes privados regulados pela defesa agropecuária. A proposta aprimora a legislação atual de defesa sanitária por um novo modelo de fiscalização, híbrido, compartilhado com os produtores rurais.

Para Tereza Cristina, o tema vem sendo discutido há algum tempo e o governo não tem como suprir a grande demanda do setor. “Os fiscais fazem tudo com excelência, mas é necessário avançar pelo tamanho que o setor ficou. Nos transformamos na maior potência agro do mundo e isso pede mudanças em nossas legislações. Vamos dar a modernidade que é pedida e continuaremos seguindo os protocolos internacionais”, afirmou.

O projeto prevê a obrigação dos agentes privados a atender critérios mínimos na ampliação das responsabilidades na cadeia produtiva. Na prática, a proposta possibilita que o Estado concentre suas ações no controle e na fiscalização de atividades de maior risco, além de permitir maior dinamismo e liberdade às atividades econômicas

“Serão mais de 13 setores beneficiados, dando mais agilidade, empregos e modernizando a agroindústria brasileira. Essa legislação permitirá que nosso agro esteja no mesmo patamar de outros países que já utilizam esse sistema”, defendeu Tereza Cristina.

Os programas de autocontrole deverão conter registros sistematizados e auditáveis do processo produtivo, desde a chegada da matéria-prima, dos ingredientes e dos insumos até a entrega do produto final. Também terão que prever o recolhimento de lotes de produtos com problemas que possam causar riscos ao consumidor ou à saúde animal ou vegetal.

A proposição também cria o Programa de Incentivo à Conformidade em Defesa Agropecuária, a Comissão Especial de Recursos de Defesa Agropecuária e o Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteiras), que busca estabelecer um sistema integrado de vigilância agropecuária nas fronteiras do país para impedir o ingresso de substâncias ou agentes biológicos que possam causar danos à agropecuária e à natureza; e de produtos agropecuários que não atendam aos padrões de identidade e qualidade ou aos requisitos de segurança exigidos para o consumo.

O senador Luis Carlos Heinze (PP/RS), que também relatou a matéria na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, rejeitou as cinco emendas de Plenário oferecidas pelos senadores e recomendou a aprovação da proposta da forma aprovada pela Câmara.

“Estamos concluindo este projeto tão importante para o agro brasileiro. A aprovação proporcionará a modernização do processo de fiscalização da agropecuária brasileira, mais segurança jurídica, aprimoramento ainda maior dos produtos agropecuários e capacidade de pronta atuação dos agentes de fiscalização e redução de gastos vultosos pelo estado,” explicou.

O Projeto segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro.

Com informações da Agência Senado e Agência FPA

“A fruticultura brasileira ainda tem muito espaço para crescer”, afirma Tereza Cristina

Foi durante a gestão da ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, em 2021, que o Brasil bateu recorde histórico em exportação de frutas, somando US$ 1,21 bilhão. Mas para a senadora eleita, esse setor ainda pode crescer muito mais. “Essa é uma atividade que gera muito emprego e renda, principalmente em regiões que precisam de mais desenvolvimento econômico. Nossa fruticultura ainda é incipiente”, afirmou Tereza Cristina.  

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as exportações brasileiras de frutas em 2021 foram superiores tanto em volume quanto em receita. O faturamento superou US$ 1,21 bilhão, sendo 20,39% acima do computado até dezembro de 2020. O volume total de frutas frescas enviadas ao exterior foi de 1,24 milhão de toneladas, superior em 18,13% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Dentre as frutas mais exportadas pelo Brasil em 2021 estão: mangas, com US$ 248 milhões e 20% do total exportado no período; melões, com US$ 165 milhões e 14% de participação; uvas, com US$ 155,9 milhões e 13%; nozes e castanhas, com US$ 151,9 milhões e 13%; limões e limas, com US$ 123,8 milhões e 10% de participação. As exportações das frutas nacionais em 2021 tiveram como principais destinos a União Europeia (48%), os Estados Unidos (16%), o Reino Unido (14%), a Argentina (4%) e o Canadá (3%).

No primeiro semestre de 2022, segundo a Abrafrutas, limões e limas lideram o ranking de frutas mais exportadas, com faturamento de US$75 milhões, seguidos por mangas e melões, respectivamente.


Homenagem

Com a participação dos produtores exportadores de frutas de diversos estados, a Abrafrutas comemorou os resultados obtidos nos últimos anos e premiou algumas personalidades pelos relevantes serviços e contribuições prestadas ao setor. Tereza Cristina recebeu das mãos do presidente da Associação, Guilherme Coelho, o reconhecimento pela eficiente interlocução e importância política dada a fruticultura brasileira, que resultaram em fortes avanços.

“É muito gratificante receber a homenagem dessa associação, que ainda é jovem, mas que já traz grandes resultados para nossa fruticultura. Esse segmento, que já começa a despontar, não só no abastecimento interno do nosso país, mas também em outros países do mundo, tem tudo para crescer ainda mais. A gente vê no Nordeste, por exemplo, o que tem sido feito com a fruticultura irrigada”, explicou.

A parlamentar relembrou a parceria do Ministério com a Abrafrutas em busca de novos mercados. “Tivemos a oportunidade de abrir o mercado dos nossos melões para China, limão para o Chile, entre outros. Foi uma grande conquista”, disse.

Também receberam a homenagem da Associação, o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Carlos Melles, presidente da Embrapa, Celso Moretti, ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Augusto Pestana, ministro da Agricultura, Marcos Montes, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, João Martins, e o deputado estadual de São Paulo, Frederico d’Ávila.

Com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Tereza: “Ser ministra foi um projeto que Deus colocou em minha mão e eu tinha que fazer dar certo”

A menos de 10 dias das eleições, Tereza Cristina, candidata ao Senado (PP/MS), intensificou a agenda por todo o Mato Grosso do Sul, para apresentar suas propostas e, principalmente, conversar com as pessoas e saber as necessidades de cada município. Na sexta-feira, ela esteve nos municípios de São Gabriel do Oeste, Rio Verde de Mato Grosso, Rio Negro, Corguinho e Rochedo.

Por onde passou, Tereza Cristina agradeceu a presença e o carinho de todos e relembrou sua trajetória política. Além de reuniões, a deputada federal também concedeu entrevista a veículos de comunicação.

No primeiro compromisso, em São Gabriel do Oeste, Tereza Cristina se reuniu com lideranças e agradeceu a confiança demostrada pelos moradores que apresentaram votações muito expressivas nas duas vezes em que foi candidata. Ela afirmou que esse fato faz com que sua responsabilidade com o município seja ainda maior.

Contou ainda que não tinha pretensão de assumir nenhum Ministério e tudo o que fez pelo Brasil, enquanto ministra da Agricultura, foi alicerçado no aprendizado ao longo da carreira pública no Mato Grosso do Sul, com sua gente. “Não foi um projeto que eu busquei, foi um projeto que Deus colocou na minha mão e eu tinha que me virar pra fazer dar certo”, explicou.

Sobre o apoio ao candidato ao governo do estado, Eduardo Riedel, a parlamentar disse que eles estão juntos, no mesmo projeto, que tem como objetivo continuar com o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. Ter boas parcerias é muito importante.

“Nós temos em comum o projeto do Mato Grosso do Sul inclusivo, próspero, que trabalhe pelas pessoas e não em projetos próprios, projetos pessoais. Um projeto para todos os municípios. O prefeito sozinho não dá conta de fazer todas as melhorias que a população quer e necessita. E esse será um compromisso meu, caso seja eleita, buscar recursos para que o Governo Federal coloque mais dinheiro à disposição dos estados. Contem comigo!”, afirmou.

Em seguida, Tereza Cristina seguiu até a cidade de Rio Verde de Mato Grosso, onde participou de uma carreata e a Rio Negro. A candidata lembrou que faltam poucos dias para uma das eleições mais importantes dos últimos anos, “eleições que podem mudar os rumos do estado e do país”, pontuou.

Tereza Cristina falou ainda sobre o orgulho em ser engenheira agrônoma, produtora rural e fazer parte desse segmento que tem alavancado a economia brasileira, principalmente nos últimos três anos, período desafiador em que o Brasil e o mundo enfrentaram a pandemia da covid-19, problemas climáticos, como a seca e mais recentemente, a guerra entre Rússia e Ucrânia, que afeta diversos setores políticos e econômicos.

Ela também relembrou o trabalho desempenhado pelo presidente Jair Bolsonaro e destacou os bons números que o Brasil tem alcançado para a recuperação econômica, se comparado com países europeus e com os Estados Unidos, após a pandemia.

“Me sinto preparada para ajudar o meu estado e a minha missão será representar cada um de vocês. Coloquei meu nome à disposição e gostaria muito de contar com o voto de todos pra representá-los no Senado Federal”, destacou.

Tereza Cristina reforçou a importância de comparecer às urnas e de votar com responsabilidade, além de pesquisar sobre o histórico de todos os candidatos e conhecer suas propostas.