A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou nesta semana a indicação de sete diplomatas para chefiar embaixadas do Brasil em diferentes partes do mundo. Os nomes seguem agora para deliberação final do plenário do Senado.
O presidente da CRE, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), destacou o esforço nas últimas semanas. “Com as aprovações nesta quarta-feira, 07/05, zeramos a lista de 12 indicações pendentes para representações diplomáticas brasileiras”, comemorou o senador.
A senadora Tereza Cristina (PP-MS), que é vice-presidente da CRE, foi relatora ad hoc para a indicação do embaixador do Azerbaijão. Para a embaixada do Brasil no Azerbaijão (MSF 10/2025), foi aprovado Bernard Jorg Leopold de García Klingl, ministro de primeira classe, com atuação anterior em Buenos Aires, Berlim, La Paz e Tel Aviv.
O país caucasiano, sede da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 29) em 2024, é considerado estratégico para o Brasil, especialmente nos campos da energia e logística. Foram aprovados ainda na Comissão os novos embaixadores do Brasil na Bélgica, Timor-Leste, Panamá, Guiné-Bissau, Sérvia e Belarus.
Foram sabatinados e aprovados na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado três diplomatas indicados como futuros embaixadores: na Irlanda; no Cazaquistão, Quirguistão e Turcomenistão; e na Noruega e Islândia. O nomes ainda terão que ser confirmados pelo plenário do Senado.
A líder do PP, senadora Tereza Cristina (MS), foi relatora da indicação de Flávio Helmold Macieira, indicado embaixador na Irlanda. Ele ingressou na carreira diplomática como terceiro-secretário em 1977 e chegou a ministro de primeira classe em 2007. As relações diplomáticas entre Brasil e Irlanda foram estabelecidas em 1975, mas a abertura da embaixada brasileira em Dublin só ocorreu em 1991.
O relatório da senadora Tereza Cristina sublinha o alto grau de liberdade e de avanço tecnológico da economia irlandesa, e mostra estatísticas que apontam investimentos de US$ 1,5 bilhão da Irlanda no Brasil. Entre as exportações do Brasil para a Irlanda destacam-se milho não moído, comestíveis de carnes, minérios de alumínio e seus concentrados.
Cazaquistão, Quirguistão e Turcomenistão
Também ministro de primeira classe, Marcel Fortuna Biato foi indicado para assumir a embaixada do Brasil no Cazaquistão e também representar o Brasil no Quirguistão e no Turcomenistão. O indicado tornou-se terceiro-secretário em 1981 e, em sua carreira, já ocupou postos em Berlim (Alemanha), La Paz (Bolívia), Viena (Áustria) e Dublin (Irlanda), além da Organização das Nações Unidas (ONU). O senador Esperidião Amin (PP-SC), relator da indicação.
Noruega e Islândia
O diplomata Rodrigo de Azeredo Santos é o indicado para assumir a embaixada brasileira na Noruega, acumulando com a representação do Brasil na Islândia. Ele se formou em economia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro e ingressou na carreira diplomática em 1992, tendo sido embaixador em Teerã (Irã) e Copenhague (Dinamarca). O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) foi o relator.
Brasil e Noruega estabeleceram relações diplomáticas em 1905 e o país europeu tem elevados investimentos no Brasil, a maior parte na exploração e produção de petróleo e gás. A Noruega também se destaca como o maior doador para o Fundo Amazônia, destinado à prevenção ao desmatamento e à promoção do uso sustentável da floresta.
A Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado aprovou nesta quinta-feira, 15/06, a indicação de novos embaixadores do Brasil na Comunidade da Austrália (e cumulativamente Ilhas Salomão, Papua Nova Guiné, Vanuatu, Fiji e Nauru), Romênia e Itália. A senadora Tereza Cristina (PP-MS) foi relatora da indicação do diplomata Cláudio Frederico de Matos Arruda, ex-embaixador do Brasil em Londres, para a Comunidade da Austrália. As nomeações seguem agora para o plenário do Senado.
Após a sabatina, a senadora fez, em diálogo com o embaixador Frederico Arruda algumas observações sobre o relacionamento entre os dois países. “A Austrália é um país que se parece muito com o Brasil, mas com muito mais dificuldades do que nós temos aqui. Eles têm secas violentas, enchentes violentas, incêndios violentos. Mas eles têm uma localização privilegiada diante do grande mercado mundial, que é a Ásia”, disse.
Tereza Cristina também lembrou que há na Austrália uma “indústria frigorífica brasileira enorme”. “Nós podemos ousar mais com nossos parceiros australianos, podemos complementar o mercado, como é o caso da carne, no qual o Brasil o tem entrado mais firmemente, cada vez na China, mas não é só China e Indonésia. O Brasil (pode ter) uma entrada grande na Austrália”, completou.
Classificada como democracia liberal e multiétnica, a Austrália mantém relações diplomáticas com o Brasil há 80 anos. Segundo o relatório apresentado pela senadora, desde 2010 foi assinado Memorando de Entendimento para o estabelecimento de Parceria Reforçada Brasil-Austrália. Com base nele, foi adotado o Plano de Ação Brasil-Austrália, que prevê a manutenção do mecanismo de consultas entre os dois países, estabelecido ainda em 1990, e a intensificação da cooperação em praticamente todas as áreas. Em 2012, as relações bilaterais foram alçadas à condição de parceria estratégica.
O documento apresentado pela relatora informa também que os dois países se destacam na produção e exportação de minérios, em especial minério de ferro. “Há, pois, espaço para ampliar a cooperação nesse campo, assim como no setor agrícola, sobretudo em relação à agricultura de precisão. Além disso, o Brasil tem interesse em atrair investidores australianos,” afirma o documento. O estoque de investimento australiano no Brasil é estimado em cerca de US$ 7 bilhões, o que coloca o Brasil como o 26º país da lista de maiores receptores de capital australiano.
O comércio entre os dois países tem margem para ser incrementado. O intercâmbio comercial foi de US$ 3,4 bilhões em 2022, sendo US$ 732,8 milhões de exportações (aumento de 30,7% em relação a 2021 e maior valor desde 2011). Em importações, foram US$ 2,667 bilhões (aumento de 131% em relação a 2021 e maior valor já alcançado). A Austrália foi o 54° principal destino das exportações brasileiras em 2022 (0,2% do total das exportações) e o 22° maior fornecedor de produtos ao Brasil (1% do total das importações).
Tereza Cristina destacou que, no Planejamento Estratégico apresentado à CCJ, o candidato ao posto destacou as seguintes metas: incrementar e diversificar o comércio bilateral; atrair investimentos para o Brasil; renovar gestões para a negociação de acordo para evitar a bitributação; e negociar acordo de cooperação e facilitação de investimentos.
No relatório, constam também as considerações do embaixador Maurício Carvalho Lírio, que deixa o posto, em que ele destaca as relações entre o Brasil e a Austrália na área de energia, mais especificamente os investimentos no setor de hidrogênio verde (produzido a partir de energia renovável ou de baixo carbono), o qual responde pela forte presença de capitais australianos no Brasil.
Europa e segurança alimentar
A senadora Tereza Cristina também comentou com os indicados para as embaixadas da Romênia, Ricardo Guerra de Araújo, e da Itália, Renato Mosca Souza, a produção de alimento na Europa. “Tenho sentido nos últimos meses uma preocupação cada vez maior da Europa, que chegava a desdenhar, para comprar melhor, de nossos produtos da agricultura. Mas a Europa entrou hoje em sinal de alerta, amarelo, quase vermelho. Sinto que mudou a percepção sobre segurança alimentar por conta da guerra na Ucrânia, um país importantíssimo para o abastecimento da Europa, como a própria Rússia, que hoje também enfrenta sanções, uma situação muito complicada”. A senadora afirmou que a Embrapa é fundamental para abrir novas parcerias e mercados para o Brasil na Europa. Ela também sugeriu que a Itália tenha maior cooperação com o Brasil para troca de experiências e tecnologia na agricultura familiar.
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