25 de fevereiro de 2025
Medida provisória libera R$ 4,17 bilhões para o Plano Safra
"Quando nós temos um governo que não está preocupado com gasto, com ajuste fiscal, acende uma luz vermelha. Como será o próximo Plano Safra que será anunciado em julho desse ano?", questiona Tereza Cristina

O governo federal editou nesta segunda-feira a medida provisória (MP) 1.289/2025, que abre crédito extraordinário no valor de R$ 4,17 bilhões para atender ao Plano Safra 2024-2025, que oferece juros mais baixos que os do mercado aos produtores rurais.
São R$ 3,53 bilhões para as operações de custeio agropecuário, comercialização de produtos agropecuários e investimento rural e agroindustrial.
Mais R$ 645,7 milhões são destinados a operações no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), uma linha de crédito do Plano Safra destinada a pequenos agricultores.
Na quinta-feira passada (20), o Tesouro Nacional suspendeu a concessão de financiamento do Plano Safra pelo fato de a Lei Orçamentária Anual 2025 (PLN 26/2024) ainda não ter sido aprovada pelo Congresso Nacional, o que deverá ocorrer após o Carnaval.
A suspensão do Plano Safra preocupou a líder do PP, senadora Tereza Cristina (MS), que integra a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). A Frente, que protestou contra a medida, juntamente com o setor produtivo, defende que os R$ 4,17 bilhões sejam acrescidos ao Plano Safra deste ano, não descontados.
“Quando nós temos um governo que não está preocupado com gasto, com ajuste fiscal, acende uma luz vermelha. Como será o próximo Plano Safra que será anunciado em julho desse ano?”, questionou a senadora.
“Com as taxas de juros que o mercado já precificou, em mais de 15%, nós teremos mais dificuldades ainda e precisaremos de mais recursos do Tesouro Nacional para a equalização dos juros para a nossa agricultura. Então, a luz vermelha está acesa”, analisou Tereza Cristina.
“Ficaremos atentos e trabalhamos para que possamos ter um Plano Safra de acordo com o tamanho da nossa agricultura porque nós somos o carro chefe da economia brasileira”, acrescentou a senadora.
Orçamento da União
O presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado federal Julio Arcoverde (PP-PI), convocou a reunião para votar o Orçamento deste ano na terça-feira (11), a partir das 15h.Antes dessa data, o relator, senador Angelo Coronel (PSD-BA), deverá apresentar o relatório final sobre o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 (PLN 26/2024).
A LOA de 2025 deveria ter sido aprovada no fim do ano passado pelo Congresso, mas questões políticas provocaram atrasos. Quando o Congresso não aprova o Orçamento em dezembro, o Poder Executivo fica autorizado a realizar apenas despesas essenciais ou obrigatórias.
“Não podemos terceirizar erros. E é isso que o governo vem fazendo, colocando a culpa no Congresso Nacional pela não votação do nosso orçamento. Isso não é verdade. Quem está lá, deputados e senadores, sabem que não houve interesse nem preocupação do governo para que esse orçamento fosse votado em dezembro do ano passado”, concluiu Tereza Cristina.
Nesta quinta-feira (27), haverá nova reunião entre os Poderes para tratar das emendas de deputados e senadores ao orçamento federal. O encontro é motivado pela ação movida pelo Psol, que levou o ministro do STF, Flávio Dino, a determinar medidas que assegurem a transparência e a rastreabilidade das emendas parlamentares.
Com informações da Agência Senado
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